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Foto do escritorRogéria Cristina Alves

"Nós que aqui estamos, por vós esperamos"


O filme brasileiro "Nós que aqui estamos, por vós esperamos", lançado no ano de 1998, é uma narrativa provocativa e bela sobre a passagem do tempo decorrida ao longo do século XX. Dirigido por Marcelo Masagão, a obra é um convite a reflexões no campo do Ensino de História, mas cabe também no campo das Artes, Psicologia e Cinema. Construído a partir de imagens de época verídicas e também de recortes imagéticos ficcionais, a narrativa sem diálogos diretos convida o espectador a conhecer os personagens por detrás das grandes narrativas históricas. Abaixo, o link para assistir ao documentário completo.


Após assistir ao documentário, responda às questões seguintes, tendo em mente a construção de uma nova forma de ensinar História.

1) A disciplina História passou por transformações importantes após o surgimento da chamada "Escola dos Annales" — movimento francês de renovação metodológica da historiografia, que passa a considerar como importantes e significativas as ações cotidianas de sujeitos comuns para a construção da História. Explique como essa nova concepção de historiografia se relaciona com o documentário visto.


2) Leia o trecho do poema abaixo e depois responda à pergunta:


"Perguntas de um Operário que Lê"

(Bertold Brecht)


Quem construiu Tebas, a das sete portas? Nos livros vem o nome dos reis, Mas foram os reis que transportaram as pedras? Babilônia, tantas vezes destruída, Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas Da Lima Dourada moravam seus obreiros? No dia em que ficou pronta a Muralha da China, para onde foram os seus pedreiros?

[...]

Em cada página uma vitória... Quem cozinhava nos festins? Em cada década um grande homem... Quem pagava as despesas? Tantas histórias, Quantas perguntas!


Brecht nos fala da importância de nos remetermos à outros sujeitos históricos, que com ações cotidianas contribuíram para a construção de grandes monumentos e marcos da História. Há um ramo da historiografia que se ocupa do estudo das trajetórias individuais de sujeitos comuns, para conseguir revelar as dinâmicas sociais e mentalidades de um dado período histórico. Chamamos esse ramo de Micro-História, que também está expresso no documentário. Você acredita que essa forma de entender a história contribui para superação de visões estáticas sobre a disciplina história? Na sua opinião, como nós, educadores, podemos contribuir para essa renovação de visão sobre a disciplina história?



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